domingo, 14 de dezembro de 2008

Notícia: Última temporada de exposição do MARCO

Foi aberta essa semana, a última temporada de exposição do MARCO - Museu de Arte Contemporânea MS. O destaque fica por conta do trabalho de Miska, que é artista plástica, cantora e atua nas áreas de Produção Cultural, Rádio e Televisão. Em "Pequenos Oratórios de Coisas desúteis", Miska sugere ao observador novas relações com as pequenas coisas e sua importância no acúmulo do cotidiano, dialogando com a memória, a lembrança e a afetividade. "Até meados dos anos 1990, Miska trabalhou insistentemente a temática dos povos indígenas, a beleza de seus corpos e elementos de sua cultura, utilizando como técnicas o pastel seco sobre papel e acrílica sobre tela. A partir daí, começa a série de trabalhos com mandalas. É possível estabelecer uma relação seqüencial entre as mandalas e as caixas atuais. A repetição dos elementos desenhados nas mandalas passa, a partir de um determinado momento, a exigir a colagem, numa tentativa básica dessa técnica: a materialização da forma no espaço pictórico. Das mandalas às caixas, Miska vai aprimorando a seleção dos objetos, suas relações internas e disposição, ordenando seqüências de acordo com a narrativa que aí permanece em estrutura. Cada espaço das vitrines de Miska é um ir contra a corrente do dia-a-dia na recolha das pequenas coisas, do descarte do desimportante, e, principalmente, do guardar à toa que de tanto se repetir cria um sistema de arquivamento. Daí a utilização de caixas de tipógrafo, cuja organização permite as composições mais variadas. Vitrines diminutas de brinquedos, de perfumes que despertam a memória involuntariamente, de sapatos de meninas e bonecas, de brinquedos, de espelhos femininos, de afetos pressentidos, vividos e desaparecidos", escreveu sobre a exposição Maria Adélia Menegazzo, professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte de MS. Outra proposta super interessante é a "Dois ao Avesso" . O nome que caracteriza a produção de um casal de artistas plásticos que desenvolvem trabalhos particulares, lado a lado, há sete anos. Este relacionamento proporcionou constantes diálogos entre estas diferentes produções e hoje fica difícil distinguir o que é particularidade ou influência. "Escolhemos nos apresentar por 'dois ao avesso' como uma aceitação do nosso estado líquido. Não percebemos fronteiras entre nós. Mesmo ainda preservando algumas particularidades, quando reconhecemos a necessidade individual presente nas propostas, assumir o rosto fake de "Dois ao Avesso" é declarar um não limite entre nossas produções - nos influenciamos mutuamente até o dilaceramento, e nos reconstruímos em uma nova proposta. O nome vem disso. Estar dois e sempre ao avesso. Nesta exposição colocamos a disposição o início de trabalhos que estão se desenvolvendo para ambos... diluídos e ao avesso". A forma como foi elaborada é um dos diferenciais da proposta. Suas etapas estão sendo constantemente atualizadas em um blog na Internet (www.doisaoavesso.blogspot.com), onde são apresentados desde referências até artigos científicos escritos pelos artistas e que somam na construção deste trabalho. Além deles, estão expondo também Arlete Santarosa, com "Diálogos Gravados" e Lana Lanna, com Conexão Dual. As exposições estarão abertas à visitação até o 1º de março de 2009, na rua Antônio Maria Coelho, 6000, no Parque das Nações Indígenas, de terça a sexta-feira das 12h às 18h. Sábado, Domingo e feriado, das 14h às 18h. O telefone de lá é 3326.7449.


Cultura Fashion, Mônica Horta em 5 de dezembro de 2008.

Notícia: MARCO abre temporada de exposições - Obras são diferenciadas

Jornal de Domingo em pdf

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Notícia: Casal de artistas plásticos realiza exposição no Marco

Teve início esta semana a exposição “Dois ao avesso”, do casal de artistas plásticos Desirèe Melo e Douglas Colombelli, no Museu de Arte Contemporânea (MARCO), em Campo Grande.Dois ao Avesso é o nome que caracteriza a produção do casal que desenvolve trabalhos particulares juntos há sete anos. Segundo eles, “o relacionamento proporcionou constantes diálogos entre estas diferentes produções e hoje fica difícil distinguir o que é particularidade ou influência.”Nesta primeira exposição, os trabalhos apresentados foram desenvolvidos em 2008 e fazem parte de uma proposta que se consolidará em outras ações a serem realizadas em 2009.São obras que mesclam técnicas diversas sob suportes variados, como na escultura, por exemplo, onde a técnica utilizada é uma variação de formas de forração em tapeçaria, ou na impressão de formas baseadas em fotografias tomográficas. São 18 trabalhos onde estas formas dialogam intrinsecamente.Mais informações no Museu de Arte Contemporânea, localizado na rua Antônio Maria Coelho, 6000, no Parque das Nações Indígenas, fone 3326-7449.

Redação Campo Grande News, 04 de Dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

Notícia: Quais são os artistas mais expressivos do Estado?

Você saberia dizer quais são os artistas da cultura sul-mato-grossense mais expressivos? Se você recordou nomes como Manoel de Barros, cantores da família Espíndola, Conceição dos Bugres, Chico Neller, e outros que estão sempre sendo citados pela mídia local, você pode se igualar a cerca de 152 pessoas que participaram de uma pesquisa de trabalho de conclusão de curso: “Expressão: nomes da cultura sul-mato-grossense”.
O projeto é do acadêmico de Jornalismo e fotográfo Rodrigo Ostemberg, que realizou uma pesquisa com pessoas ligadas a áreas de comunicação e cultura do Estado (professores, mestres, doutores...) perguntando a eles quem são os artistas mais expressivos de MS das seguintes áreas culturais: música, literatura, teatro, dança, artes plásticas, fotografia, cinema e artesanato.
Rodrigo poderia ter se aprofundado em uma área especifica da cultura, mas apesar de ser mais trabalhoso, ele preferiu fazer seu trabalho sobre todos os aspectos culturais que o Estado apresenta. “Eu queria mostrar a cultura do estado num todo, e não aprofundar somente em uma área. Quero que meu trabalho seja um apresentador da cultura sul-mato-grossense”.
A pesquisa mostrou quais são os artistas destas oito categorias mais conhecidos pelos entrevistados. Com este resultado Rodrigo apresenta no trabalho pelos menos o nome de três pessoas de cada vertente, além disso, ele fez um levantamento da vida dos autores citados. Ele também procurou destacar nomes de autores já expressivos e que ainda serão expressivos. Na monografia ele destaca cerca de 30 artistas locais, mas o principal objetivo é mostrar nomes que são desconhecidos, porém que merecem, e muito, serem reconhecidos.
Com seu trabalho, além de descobrir as opiniões de uma parcela da população sul-mato-grossense sobre a cultura local, ele também pode tirar outras, riquíssimas conclusões. “A nossa cultura é riquíssima e pouca divulgada. Espero que a partir deste trabalho a gente consiga instigar a população a conhecer o que temos. Meu trabalho vem colaborar com a produção cultural, para que ela se firme e se expresse”, aponta.

Resultados
Música: os cantores mais citados foram os da família Espíndola, desde Jerry à Celito. Para o autor do trabalho, esta família de artista é uma das mais expressivas de MS. Outro ponto debatido por ele em relação a músicas, cantores e bandas, é a desvalorização dos artistas regionais, em contrapartida com a grande valorização de cantores de fora.

Literatura: nesta lista não houve escritor mais citado do que nosso ilustríssimo Manoel de Barros. Rodrigo também comenta a importância de Roberval Cunha e Emanuel Marinho para a nossa literatura.
Dança: dentre os coreógrafos e coreógrafas, ganhou destaque, segundo a opinião das fontes, Renata Leoni criadora do grupo Ginga. “Todas as pessoas falam dela” relata o pesquisador. Chico Neller também é outro coreógrafo muito citado. Existem vários grupos de dança na capital, de diversos tipos de músicas. No segmento hip hop, funk, dança de rua somos muito bem representados por Edson Klair do grupo “Funk-se”, seu nome apareceu “disparado na pesquisa”.
Teatro: um fato interessante marcou as conclusões sobre esta área, pois os pesquisados não citaram nomes de atuais diretores de peças, e sim citaram nomes de grupos “não apareceram nomes isolados”, e de antigos produtores culturais. “Não temos uma nova geração de teatro, temos grupos”, concluiu Rodrigo. As pessoas citaram o grupo “Palco” e “Grupo de Risco”, dentre outros. Apesar de não ter sido um produtor teatral, Américo Calheiros é homenageado na monografia de Rodrigo. Para o futuro jornalista o papel político que Américo realiza com o teatro é de suma importância. “Ele levou o teatro para a rede municipal, teve a preocupação de levar para as crianças. Agora está levando para rede estadual”. Fotografia: Quanto a este segmento, uma de suas paixões, Rodrigo faz mistério e diz que só irá apontar os fotógrafos mais expressivos no dia da apresentação. Artes plásticas: Rodrigo destaca a grande quantidade de manifestações artísticas existentes em nosso estado, são esculturas, telas, grafite, dentre outros. O artista plástico Douglas Colombelli é um dos mais citados.
Artesanato: Conceição dos Bugres não podia deixar de ser citada, afinal é uma de nossa maiores representantes neste segmento. Suas esculturas expressam a nossa cultura. “O mundo inteiro conhece seu trabalho. O “bugrinho” é o ícone da nossa cultura”, diz.
Cinema: Conforme o idealizador do trabalho, José Otávio Guizzo foi um dos pioneiros desta área em nosso Estado. “Quando surgiu o estado de MS ele pegou uma câmera e saiu retratando, filmando aquele momento. Hoje o material que nós temos sobre a divisão do estado é graças a ele”, conta. Davi Cardoso também é fortemente citado, de seus 76 produções, cinco foram feita aqui. Além disso, Rodrigo destaca o riquíssimo cenário sul-mato-grossense, “Bonito e Pantanal”, belezas que já serviram de cenário para novelas como a famosa obra “Pantanal”.

Apresentação Tudo isso e muito mais, você poderá ver na apresentação de Rodrigo Ostemberg no dia 11 de novembro às 21 horas no auditório da TV Pantanal, bloco 5 da Anhanguera/Uniderp campus I.

Unifolha, Isabela Ferreira, 30 de outubro de 2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Notícia: Museu de Arte Contemporânea abre quarta temporada de exposições

O Museu de Arte Contemporânea inaugura na próxima terça-feira (2), às 19h30, a última temporada de exposições de 2008, com “Diálogos Gravados" de Arlete Santarosa e Lana Lanna (Conexão Dual), Pequenos Oratórios de ‘Coisas Desúteis’, de Miska e "Um Ponto, Dois Pontos", de Jú Maria e Dois ao Avesso. “Diálogos Gravados” traz xilogravuras e gravuras em metal das artistas Arlete Santarosa e Lana Lanna, do Conexão Dual. A exposição vem percorrendo o país e o interior do Rio Grande do Sul desde 2007. O conjunto das obras é uma seqüência de xilogravuras e gravuras em metal intercaladas e diferentes. Desenvolvido em módulos, de maneira progressiva, o processo exigiu uma troca permanente, onde cada artista elaborou sua imagem tendo como base e ponto de partida o que foi feito pela outra. A investigação do conceito da individualidade, das diferentes maneiras de ver e sentir o mundo e lidar com uma mesma idéia se tornou fonte permanente de pesquisa e de documentação.
Arlete Santarosa, nascida em Bento Gonçalves (RS), integrou por várias vezes a direção do Núcleo de Gravura do Rio Grande do Sul. Integrou o Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul como representante eleita do segmento de Artes Visuais, para os períodos 2004/05 e 2006/07. Foi conselheira, ainda, de 2003 a 2006, do Museu de Arte Contemporânea do RS. Lana Lanna, nascida em Carazinho (RS), estudou desenho e aquarela na Colorado State University (EUA), em 1977. Freqüentou o Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre entre 1982 e 1995, onde participou de oficinas sobre gravura em metal com Sheila Goloborotko, Marco Buti e Cláudio Mubarac. Estudou gravura em metal e xilogravura com Armando Almeida, desenho com Plínio Bernhart, Mara Caruso e Aniko Herskovitcz. Na Fundação Iberê Camargo participou de oficinas sobre gravura em metal com Ana Letícia e Evandro Jardim. Na Gráfica Contemporanea em Buenos Aires estudou gravura em metal com Matilde Marin e com Torben Bo Halbriek. Estudou pintura com Regina Ohlweiller.
“Um Ponto, dois pontos” traz trabalhos dos artistas Jú Maria e Dois ao Avesso. Nesta primeira exposição, os trabalhos apresentados, desenvolvidos em 2008, mesclam técnicas diversas sob suportes variados, como na escultura, por exemplo, onde a técnica utilizada é uma variação de formas de forração em tapeçaria, ou na impressão de formas baseadas em fotografias tomográficas. São dezoito trabalhos onde estas formas dialogam intrinsecamente.
Dois ao Avesso é o nome que caracteriza a produção de um casal de artistas plásticos que desenvolvem trabalhos particulares, lado a lado, há sete anos. Este relacionamento proporcionou constantes diálogos entre estas diferentes produções e hoje fica difícil distinguir o que é particularidade ou influência. "Escolhemos nos apresentar por ‘dois ao avesso’ como uma aceitação do nosso estado líquido. Não percebemos fronteiras entre nós. Mesmo ainda preservando algumas particularidades, quando reconhecemos a necessidade individual presente nas propostas, assumir o rosto fake de "Dois ao Avesso" é declarar um não limite entre nossas produções - nos influenciamos mutuamente até o dilaceramento, e nos reconstruímos em uma nova proposta. O nome vem disso. Estar dois e sempre ao avesso. Nesta exposição colocamos a disposição o início de trabalhos que estão se desenvolvendo para ambos... diluídos e ao avesso". A forma como foi elaborada é um dos diferenciais da proposta. Suas etapas estão sendo constantemente atualizadas em um blog na Internet (www.doisaoavesso.blogspot.com), onde são apresentados desde referências até artigos científicos escritos pelos artistas e que somam na construção deste trabalho.
Ju Maria é uma artista que desvela de sua própria experiência um jogo que traz a criação instalativa, explorando em formas sinestésicas uma atmosfera originada de uma busca memorialista. A proposta se destaca na riqueza de elementos e das particularidades na sua recepção. É onde a memória da artista está diluída para um novo entendimento.
Em “Pequenos Oratórios de Coisas desúteis”, Miska sugere ao observador novas relações com as pequenas coisas e sua importância no acúmulo do cotidiano, dialogando com a memória, a lembrança e a afetividade. “Até meados dos anos 1990, Miska trabalhou insistentemente a temática dos povos indígenas, a beleza de seus corpos e elementos de sua cultura, utilizando como técnicas o pastel seco sobre papel e acrílica sobre tela. A partir daí, começa a série de trabalhos com mandalas. É possível estabelecer uma relação seqüencial entre as mandalas e as caixas atuais. A repetição dos elementos desenhados nas mandalas passa, a partir de um determinado momento, a exigir a colagem, numa tentativa básica dessa técnica: a materialização da forma no espaço pictórico. Das mandalas às caixas, Miska vai aprimorando a seleção dos objetos, suas relações internas e disposição, ordenando seqüências de acordo com a narrativa que aí permanece em estrutura. Cada espaço das vitrines de Miska é um ir contra a corrente do dia-a-dia na recolha das pequenas coisas, do descarte do desimportante, e, principalmente, do guardar à toa que de tanto se repetir cria um sistema de arquivamento. Daí a utilização de caixas de tipógrafo, cuja organização permite as composições mais variadas. Vitrines diminutas de brinquedos, de perfumes que despertam a memória involuntariamente, de sapatos de meninas e bonecas, de brinquedos, de espelhos femininos, de afetos pressentidos, vividos e desaparecidos”, escreveu sobre a exposição Maria Adélia Menegazzo, professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte de MS.
Miska é artista plástica, cantora e atua nas áreas de Produção Cultural, Rádio e Televisão. Formada em Comunicação Visual pela PUC / RJ, trabalhou com publicidade e programação visual (no RJ e em CG), e, durante dez anos na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, nas áreas de teatro, artes plásticas, programação visual, difusão cultural, entre outros setores, inclusive coordenando as Oficinas de Arte do Ateliê Livre do Marco e do Centro Cultural. Ministrou cursos, workshops e palestras sobre artes visuais, música, cultura, comunicação visual e arte educação para alunos de todas as idades, professores, coordenadores, diretores de escolas e arte-educadores em vários municípios de MS. Como artista plástica já experimentou várias técnicas, como gravura em metal, xilogravura, papel artesanal, papel machê e atualmente dedica-se mais à pintura, desenho e colagem, fazendo reciclagem de materiais. Participa de exposições desde 1974, com mais de 200 participações em coletivas e mais de 25 exposições individuais, no Brasil e no exterior: Rússia, Suécia, Paraguai, Bolívia. A temporada está aberta à visitação até o 1º de março de 2009. O Museu de Arte Contemporânea é uma unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul localizada na rua Antônio Maria Coelho, 6000, no Parque das Nações Indígenas. O museu fica aberto ao público de terça a sexta-feira das 12h às 18h. Sábado, Domingo e feriado das 14h às 18h. Telefone: 3326-7449.

Assessoria de Comunicação da Fundação de Cultura de MS - Moema Vilela, 28 de novembro de 2008

Obras: Fotografias de Dois ao Avesso






quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Experimentações: esboço de idéias (2005)

Estudos para produções pessoais, idéias para pensar.






Experimentações: arte e design gráfico (2005-6)

Estudos para produções pessoais








A proposta desta produção artística foi a de experimentar artisticamente a idéia da dissolução das fronteiras entre o design gráfico e a arte contemporânea.

Na produção artística foram realizadas experimentações que resultaram em 5 obras de grandes dimensões (300x130cm) criada com o auxílio de ferramentas digitais e impressa em lona nightday. Suas características formais e compositivas remetem a um contexto urbano e contemporâneo, espaço e tempo onde essas novas linguagens estão inseridas. Pensamos ter obtido uma produção cujos "traços" publicitários e artísticos se mesclam.

Foram utilizados "recortes fotográficos", isto é, enquadramentos não tradicionais aplicados propositalmente nas imagens, cortando partes importantes do corpo, com a intenção de valorizar o conteúdo estético (as cores e formas) das representações.

Apesar desta produção ter sido construída a partir de parâmetros estéticos publicitários, é possível observar elementos que a caracterizam como arte. As obras não apenas são abertas a diversas interpretações como não houve nenhuma preocupação ou intenção de persuadir o espectador; não há nenhum produto/serviço sendo divulgado/vendido ou promovido, apenas a obra em si mesma.

Essa ausência de um objeto externo (específico) ao qual se referir, que confere à obra grande abertura a interpretações, uma característica propriamente artística dos fenômenos visuais.

Essa característica propriamente artística foi buscada nos nossos trabalhos, embora sejam inspiradas no design gráfico, e ela fica evidente nas sugestões de ambigüidades configuradas nos seus elementos formais e compositivos como: utilização de ruídos, provocados pela saturação de cores e sobreposições de textos lingüísticos; uso de textos lingüísticos com função predominantemente estética; valorização das formas plásticas do texto que, aparentemente, envolvem o corpo da modelo fotográfica e interagem com a imagem fotográfica; construção de diversos planos e sugestão de perspectiva, através dos textos linguísticos e linhas.

Experimentações: eu múltipo - auto-retrato de 4 artistas (2005)

Estudo de uma proposta pessoal de exposição (2005)
O resultado final será exposto em dezembro no Museu de Arte Contemporânea





Obras: Rupturas e aproximações: a arte e o design gráfico (2005)


Estudos para produções pessoais









A proposta desta produção artística foi a de experimentar artisticamente a idéia da dissolução das fronteiras entre a comunicação e as artes, mais precisamente entre o design gráfico e a arte contemporâneos.

Na produção artística foram realizadas diversas experimentações que resultaram em 6 obras, criada com o auxílio de ferramentas digitais. Suas características formais e compositivas remetem a um contexto urbano e contemporâneo, espaço e tempo onde essas novas linguagens estão inseridas. Pensamos ter obtido uma produção cujos "traços" publicitários e artísticos se mesclam.


TRAÇOS PUBLICITÁRIOS
Foram utilizados "recortes fotográficos", isto é, enquadramentos não tradicionais (que academicamente são considerados incorretos) aplicados propositalmente nas imagens, cortando partes importantes do corpo, com a intenção de valorizar o conteúdo estético (as cores e formas) das representações.

Aplicado uma "unidade de campanha", isto é, a repetição sistematizada de elementos básicos, como as mesmas cores padrões - preto, branco e amarelo - mesma tipografia - "Dear Theo 2" - mesma modelo fotográfica e mesmo recorte, possibilitando a fácil identificação, memorização e relação entre uma obra e outra.


OBJETO ARTÍSTICO
Apesar desta produção ter sido construída a partir de parâmetros estéticos publicitários, é possível observar elementos que a caracterizam como arte. As obras não apenas são abertas a diversas interpretações como não houve nenhuma preocupação ou intenção de persuadir o espectador; não há nenhum produto/serviço sendo divulgado/vendido ou promovido, apenas a obra em si mesma, "auto-referente", "auto-publicitária", como um auto-retrato.

Essa ausência de um objeto externo (específico) ao qual se referir, que confere à obra grande abertura a interpretações, uma característica propriamente artística dos fenômenos visuais.

Essa característica propriamente artística foi buscada nos nossos trabalhos embora sejam inspiradas no design gráfico, e ela fica evidente nas sugestões de ambigüidades configuradas nos seus elementos formais e compositivos como: utilização de ruídos, provocados pela saturação de cores e sobreposições de textos lingüísticos; uso de textos lingüísticos com função predominantemente estética; valorização das formas plásticas do texto que, aparentemente, envolvem o corpo da modelo fotográfica e interagem com a imagem fotográfica; construção de diversos planos e sugestão de perspectiva, através dos textos linguísticos e linhas; uso de cores uniformes (amarelo) como plano de fundo; percepção de montagens gráficas, através da representação de ambientes com espelhos, grades e cadeiras, uso da linha diagonal (em parte das obras), o que provoca um jogo com a horizontalidade da composição. Um conjunto de conceitos apresentados como um auto-retrato em uma linguagem contemporânea.





Experimentações: exercício 2 de experimentação (2004)

Estudos para produções pessoais








Este exercício foi iniciado utilizando a mesma imagem da artista apropriada no exercício anterior e, a partir dela, realizamos o processo em seis etapas:

1. Manipulação da fotografia: utilizando o mesmo software gráfico Photoshop CS, de maneira semelhante ao que foi feito no exercício 1, foi retirado o fundo da imagem, aumentado à luminosidade e contraste, porém, a saturação foi dada com ênfase apenas nas cores azul e amarelo, gerando um efeito visual levemente de cor verde.

2. Formato e suporte: foi modificado o formato para 60cmx40cm, mantendo a estrutura de um backligth.

3. Enquadramento da imagem manipulada: utilizando o software gráfico Corel Draw 12, foi realizado o enquadramento no recorte escolhido, seguido de repetições da mesma imagem.

4. Inserção de linhas: foram mantidas as mesmas linhas do exercício anterior.

5. Inserção de texto lingüístico: foram inseridas palavras aleatórias, numa tipografia sem serifa e arredondada; as palavras foram repetidas diversas vezes, o que gerou uma sobreposição de suas imagens; isso foi feito com a intenção de valorizar a forma do texto e não seu conteúdo semântico.

6. Escolha de cores: as cores escolhidas para o texto e as linhas foram o verde, o preto e o branco, com a intenção de manter uma unidade com a imagem, cujas cores predominantes são o preto e o verde.

Como resultado obtivemos três experimentações com uma estética diferenciada, que também nos remete a uma peça publicitária, mas, ao nosso ver, muito mais expressiva, tanto pela provocação de ambigüidade na interpretação quanto pelo distanciando da representação naturalista. Assim, as experimentações parecem ser menos "tímidas", com um resultado estético mais próximo daquilo que entendemos ser a estética da pós-modernidade.


Experimentações: Exercício 1 de experimentação (2004)

Estudos para produções pessoais














Esta produção artística partiu da reflexão sobre a estética do design pós-moderno, a multiplicidade de interpretações na arte, a hibridização de linguagens decorrida do rompimento de fronteiras entre a arte e outras linguagens (característica da pós-modernidade) e a convergência entre as comunicações e as artes.

Iniciamos o exercício em busca da exploração de alguns elementos já determinados: imagens pessoais da artista, tipografia, linhas, ruídos e repetições, associados à escolha aleatória de uma fotografia digital já existente no arquivo pessoal da artista. Realizamos o processo que é descrito aqui em seis etapas:

1. Manipulação da fotografia: utilizando o software gráfico Photoshop CS, foi retirado o fundo da imagem; posteriormente, foi aumentada a sua luminosidade e o seu contraste; em seguida foi feita a saturação das cores principais.
2. Formato e suporte: utilizando o software gráfico Corel Draw 12 foram construídos três quadrados de 40cmx40cm, formato que se propôs para a composição final das obras. Para suporte da impressão final das imagens foram escolhidas as estruturas de um backligth, nas quais foram montadas paralelamente, na horizontal, três composições formando um tríptico que compõe uma única obra.

3. Inserção de linhas, foram construídas cinco linhas na horizontal, com a intenção de dar continuidade entre os três suportes.

4. Inserção de textos lingüísticos: foi inserida a palavra "linhas" e repetida paralelamente na horizontal, com a intenção de acompanhar as linhas e "brincar" com uma tipografia que remete aos pontos/pixels, mas mantendo o conteúdo semântico da palavra.

5. Escolha de cores: as cores escolhidas para o texto e linhas foram vermelho e preto, na intenção de manter uma unidade com a imagem, cujas cores predominantes são o preto e o vermelho.

6. Inserção de ruídos: um detalhe da foto foi aumentado na sua dimensão, com a intenção de criar um ruído.

Como resultado obtivemos quatro experimentações, com uma estética limpa, que nos remete a peças publicitárias mais tradicionais, tanto pelo formato, que é semelhante ao suporte publicitário - outdoor -, quanto pela disposição da imagem principal (não centralizada) como usualmente se vê em outdoor.

De nosso ponto de vista, as experimentações parecem ter se desenvolvido ainda de forma "tímida" e muito presas a influências de trabalhos gráficos publicitários também realizados constantemente pela artista.

O resultado estético, apresentando as características que assinalamos acima, ainda era pouco expressivo. Optamos, então, por explorar mais a utilização de elementos como as linhas, os "ruídos", as repetições; optamos também, por modificar a utilização dos textos lingüísticos, valorizando sua função estética e não mais sua função semântica. Além dessa, optamos por continuar trabalhando com a imagem da artista e por manter as manipulações (aumento na luminosidade, no contraste e na saturação nas cores) realizadas na fotografia digital. A partir disso, iniciamos o segundo exercício.


Obras: "Obra-Aberta" - uma instalação multimídia (2003)

Instalação multimídia desenvolvida por mim em 2003








Considerações conceituais
É possível observar neste século, algumas mudanças fundamentais na linguagem artística provida pela ruptura desenvolvida na arte moderna e uma das principais características da arte contemporânea é a abertura da obra de arte à plena percepção e interação com o espectador.

Obra Aberta” é uma instalação multimídia cujo título além de significar a diversidade de interpretações possíveis na percepção de uma obra como propôs Umberto Eco (1991:39), serve de referência ao processo participativo do espectador na obra contemporânea, do tipo instalação, que propõem múltiplas vivências perceptivas.

A idéia determinou a composição de uma obra que discutisse as relações na obra de arte entre o exterior e o interior, a representação e a apresentação, a fruição e a participação, assinalando a instalação como expressão final do conceito de abertura da obra de arte. Na instalação, o espaço não é ilusório e, ao ocupar esse espaço, o espectador passa a integrá-lo e a compor a obra, rompendo a concepção histórica de “obra fechada”, que mantém o espectador do lado de fora e confirma sua condição de mero observador.

As relações entre o dentro e o fora e vice e versa, foram historicamente mediadas por janelas, que na arte foram demarcadas pelas molduras. A instalação foi pensada a partir dessas janelas, apresentando, primeiramente, a moldura como janela, mas, também, a tela de televisão como janela e, ainda, a própria janela. Todavia, como obra aberta, a instalação em si mostra molduras e janelas, mas não se faz moldura ou janela, permitindo e requerendo que o espectador negue essa condição e adentre o espaço. Na instalação, o espaço não é ilusório e, ao ocupar esse espaço, o espectador passa a integrá-lo e a compor a obra, rompendo a concepção histórica de “obra fechada”, que mantém o espectador do lado de fora e confirma sua condição de mero observador.

A instalação se mostra, em parte, como instalação multimidia, porque atualiza o conceito de representação na mídia eletrônica. Pela televisão, o espectador se vê no centro da obra e também parte dos ambientes interno e externo. Além disso, é visto pelo restante do público através da moldura instalada na frente do espaço ocupado por ele. A metáfora da janela entre o real e o virtual é exaustivamente explorada. Isso constitui um campo caótico sobre o que é obra e quem é o espectador. Quem está dentro do espaço da instalação vê as imagens de fora entre molduras: quadro, televisão, janela. Além disso, será visto por quem estiver fora da instalação, também, através de molduras e janelas.



Considerações técnicas
A instalação foi planejada para acontecer em um espaço comum, já que esta forma de expressão, aberta e relacional, não requer lugares tradicionais como museus e galerias, são mais pertinentes no ambiente social do cotidiano, seja por razões quantitativas, como o número de interações possíveis, quanto por motivos qualitativos, como a variedade, riqueza e natureza destas interações.

Esse ambiente foi revestido de plástico branco, sobre uma estrutura de madeira que sustenta as televisões e câmeras instaladas no seu interior. Essa estrutura é recortada para compor uma janela ao fundo, em oposição à entrada, onde também foi posicionada uma moldura tradicional.

Esse ambiente permite o acesso e a inclusão do espectador, servindo como um eventual habitat para o corpo; além de oferecer uma multiplicidade de estímulos através de hibridização de materiais como plástico, lâmpadas, espelho, areia, madeira e equipamentos eletrônicos. No interior da caixa existem 3 televisores distribuídos nas laterais, que estão conectados a 3 câmeras filmadoras que estarão fixadas em pontos estratégicos para o registro de imagens ao vivo do interior e exterior da instalação; há também, uma moldura vazia pendurada na entrada da caixa e o solo é recoberto por areia. A iluminação é intensa, garantida por luz branca.

O ambiente de instalação, que envolve o corpo do visitante, é manipulado para se tornar um espaço de experiências estéticas, cujo participante é obrigado a ver a si próprio como parte da situação criada, o conceito de espaço se integra ao conceito de trabalho. É exigida a participação direta do espectador na exploração do espaço da sala pelo deslocamento do corpo entre os dispositivos, numa espécie de presença cênica, ele é um espectador/ator que explora fisicamente a obra, devendo deslocar-se entre as imagens, entre os objetos, dentro do espaço a sua maneira.
O espectador não só percebe, mas está condicionado à situação de sujeito, cuja escolha irá determinar outras circunstâncias perceptivas e imaginárias.


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Notícia: Mesa redonda discute as possibilidades na arte contemporânea na Capital

Acontece hoje (17), às 20 horas, a segunda mesa redonda do projeto Debates no Sesc, com o tema "Possibilidades na Arte Contemporânea", atividade complementar a exposição de artes visuais do "Comtempo" na 3ª Mostra Terena de Artes do Sesc.

O objetivo desta ação é de criar um espaço de discussão aberta, a fim de criar vínculos entre a pesquisa acadêmica, a produção artística e a comunidade local. A iniciativa é do Sesc Horto em parceria com o Curso de Artes Visuais do Instituto de Ensino Superior da Funlec na realização de oito mesas redondas organizadas como atividades complementares às exposições da Galeria do Sesc Horto e ao final do ano a publicação dos artigos apresentados.

Nesta mesa, moderada pelo Prof. Thiago Filipe Abreu Silva (Coordenador do Curso de Artes Visuais do IESF) e com a participação da Profª Drª Eluiza Bortolotto Ghizzi (Mestre e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professora do curso de Artes Visuais da UFMS), Sara Grubert (Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USP), Profª Desirèe Melo (Mestranda em Estudos de Linguagens pela UFMS, professora no curso de Artes Visuais do IESF) e Prof. Douglas Colombelli (Mestrando em Estudos de Linguagens pela UFMS, professor no curso de Artes Visuais do IESF), propõe-se a discussão sobre a tendência da "Arte e Tecnologia" na arte contemporânea, o uso das técnicas tradicionais em propostas contemporâneas e as diferenças entre as atividades artísticas tradicionais e as contemporâneas mediadas pela tecnologia de imagem.

O Sesc Horto situa-se na Rua Anhandui, 200, Centro. Mais informações no núcleo de Apresentações Artísticas do Sesc Horto, pelo fone 67 3321-3181.(Com Assessoria)

Fonte: Redação Capital News (www.capitalnews.com.br), 17 de junho de 2008

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Notícia: SESC Horto inaugura projeto Debates no SESC nesta segunda-feira

A Direção Regional do SESC em Mato Grosso do Sul, através do programa de ações da Galeria de Arte do SESC Horto, inaugura nesta próxima segunda-feira, dia 2 de junho às 19 horas, o projeto Debates no SESC, com a mesa redonda "A arte e grande público", atividade complementar da exposição "Eu-Fabulário" do artista plástico Douglas Colombelli.
Debates no SESC é uma iniciativa do SESC Horto, coordenado pelo produtor cultural Higor Advenssude, em parceria com o Curso de Artes Visuais do Instituto de Ensino Superior da FUNLEC na realização de uma série de mesas redondas organizadas como atividades complementares às exposições da Galeria do SESC Horto.
Nestes próximos meses está previsto a realização de oito mesas redondas com temas diferenciados e ao final do ano a realização de uma publicação dos artigos apresentados. Cada mesa redonda será composta por um grupo de pesquisadores convidados da área e consistirá na apresentação e debate de diferentes e até mesmo divergentes pontos de vistas sobre um mesmo tema determinado na intenção de que questões teóricas do campo das artes sejam discutidas e (re)pensadas, explica Desirèe Melo, professora do Curso de Artes Visuais da FUNLEC.
A mesa redonda "A arte e grande público" acontecerá no Teatro Prosa do SESC Horto e será formada pelos professores do curso de Artes Visuais do Instituto de Ensino Superior da FUNLEC: Douglas Colombelli (Artista Plástico e Mestrando em Estudos de Linguagens - UFMS), Vera Penzo (Doutoranda em Educação - UFMS), Thiago Jordão (Coordenador do Curso de Artes Visuais do IESF e Especialista em Artesanato Empreendedor: Design, Cultura e Gestão-UFMS) e Desirèe Melo (Artista Plástico e Mestrando em Estudos de Linguagens -UFMS).
O SESC Horto situa-se na Rua Anhandui, 200, Centro, a entrada é gratuita. Mais informações no núcleo de Apresentações Artísticas do SESC Horto 3321-3181

Fonte: Redação / Portal MS, 28 de maio de 2008